Morador do bairro do Benfica, Rodrigo Gomes chegou em 2018 na Usina de Campeões, aos 17 anos, por intermédio de uma aluna do projeto. Nessa época tinha problemas respiratórios como asma e bronquite, mas isso não o fez desistir. Ele insistiu e pegou gosto pelo esporte.
“O judô era a modalidade que mais me motivava a treinar, apesar de gostar e praticar outras lutas também. Inclusive, cheguei a participar de um campeonato de judô e gostei muito da experiência”.
O ingresso na Usina o levou a participar do processo seletivo para Jovem Aprendiz na Refit, onde foi contratado para atuar no Cedoc da empresa, ocupando a função de assistente administrativo. Seu primeiro emprego formal.
“Foi quando percebi a importância de uma estrutura na vida. Logo que fui contratado, precisei usar o plano de saúde, não tinha antes disso, para operar, às pressas, um abcesso que tive no estômago. Correu tudo bem graças ao benefício oferecido pela Refit”.
Como Rodrigo sempre foi muito estudioso e focado em seu futuro profissional, buscou oportunidades para ter tempo de se preparar para o vestibular.
“Estava gostando muito de trabalhar no Cedoc. Só saí porque passei em um concurso da prefeitura do Rio para atuar em um cargo que a grade de horário me permitia ter mais tempo para estudar. Com isso tive que deixar a Usina também, infelizmente”.
E valeu a pena. Ele deu duro e conseguiu passar em Engenharia Civil na UERJ, universidade pública do estado do Rio de Janeiro. “Sou o primeiro da minha família a ingressar em uma faculdade”, diz orgulhoso.
Para ele, ter aprendido um esporte foi essencial e mudou sua vida, principalmente em relação à saúde.
“Hoje em dia não tenho praticamente mais nenhum problema respiratório. Além disso, foi muito importante para mim ter contato com atletas que são referência como o Pedro Rizzo e conhecer um pouco da experiência de vida deles. Eles mostram para gente a importância do crescimento pessoal aqui fora, de uma forma que é fácil de absorver”.
“A Usina é um lugar de muita luz, ensinamentos e oportunidades. Então, se divirtam bastante, mas sempre mantenham foco e disciplina nos seus objetivos, para que, assim, tenham crescimento em suas vidas tanto dentro, quanto fora dos tatames”.
Contar a história do Rodrigo me deixa muito orgulhoso e espero que sirva de inspiração para os leitores. Os jovens que passam por aqui nos fazem ser pessoas melhores por sua força de vontade. Reforço aqui que acredito no poder do esporte como instrumento de mobilidade social e espero ter mais histórias ainda para contar de crianças e adolescentes que transformaram suas vidas como o Rodrigo.
Acesse o perfil da Usina de Campeões para entender melhor esse projeto que vem transformando vidas.